domingo, 25 de outubro de 2015

O Som Do Preconceito


Existem muitas pessoas que querem tornar a música um partido político, ora isto é um desvario, porque música não deve ser catalogada é simplesmente música, mesmo tendo zilhões de vertentes e gostos mil,  MPB não é melhor do que Brega, nem Samba é melhor que Rock, estamos falando apenas de som, vibração melódica, existem músicas que apesar de serem em um estilo para muitos "cafona" tem uma sonoridade infinitamente superior a muitas músicas ditas "sofisticadas"  por aí.

Não existe fórmula para se fazer boa música, é como beleza, está apenas nos olhos de quem vê, Existem músicos que precisam de no mínimo uma dezena de acordes para compor uma canção (que sem dúvida será bem mais elaborada). Entretanto outros criam verdadeiras obras de arte com apenas 2,3 acordes ou apenas musicando ruídos (Hermeto Pascoal por exemplo).

Segundo os estudiosos a música mais rica que existe é a música folclórica (precária de acordes, mas rica em sonoridade) então, fazer acepção de gostos musicais não vai levar artista a lugar nenhum, é uma mera e retrógrada ilusão.
Se você é músico e pensa desta forma está na hora de mudar os seus conceitos, senão ficará pra trás, temos exemplos fartos de artistas que caíram no ostracismo justamente por isto,

Não nego a minha formação musical vinda de um híbrido caldeirão  musical, e modéstia parte, gosto, de qualquer estilo musical, por isto vivo de música  e também vivo a música mas não me nivelo por baixo, o importante é dropar nessa onda gigantesca com tantas possibilidades, infinitas enfim "O Som é Livre".

Em posts anteriores fiz questão de frisar que sou bastante eclético, e se você me ver cantando Frankito Lopes (O Índio Apaixonado) ou Amilton Lelo por aí não se espante, muito menos tocando música pop alemã porque é isto o que faço, o Dó maior do sertanejo é o mesmo do Jazz e os dissonantes estão cada vez mais se popularizando, ou será que estou equivocado? Evidente que não.

Então tudo está entrelaçado e ambos os ritmos flertam entre si, nos países de primeiro mundo não há espaço para coisas tão pequenas, por isso o mercado internacional musical só cresce e se expande para todo o planeta enquanto que no Brasil só vemos a ascensão de poucos, infelizmente vemos inúmeros talentos sem oportunidade alguma, De fato, a desigualdade social/musical nacional é gritante ! 

O exímio músico de hoje é aquele que utilizou no início de sua aprendizagem músicas simples, fáceis, então porque o preconceito? Porque taxar uma música? Tudo na vida não se aprende a partir de coisas elementares? 

O som do preconceito musical é um tipo de som que nunca deveria ser emitido por quem aspira ser músico mas essa "música estridente" se ouve desde tempos remotos, FATO !

Quanto a mim, não me importa ritmos, estilos ou filosofias musicais, não defendo  nenhuma bandeira nesse aspecto, mas cantaria e tocaria qualquer estilo musical a mim proposto porque amo musicar música, é isso que faço Valeu pessoal por enquanto, breve estarei de volta porque tenho algo a mais pra dizer sobre este tema. Até mais.

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